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Aqui morreu uma mulher em périplo por Cantanhede (Diário de Coimbra, 22/10/2018)

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Fotografia Exposição no âmbito da iniciativa “Democracia, Igualdade de Género e Direitos Humanos” está patente até amanhã nos Paços do Concelho

A exposição “Aqui morreu uma mulher”, que é o culminar de um trabalho da jornalista Teresa Campos e do fotógrafo José Carlos Carvalho, está patente nos claustros dos Paços do Concelho até amanhã e surge no âmbito do um conjunto de iniciativas sob o tema “Democracia, Igualdade de Género e Direitos Humanos” que estão a decorrer em Cantanhede. Na quarta-feira a mostra segue para o Centro Paroquial de São Pedro e terminará o seu périplo pela cidade no dia 25 e 26 de Outubro na Praça Marquês de Marialva (“open space”).

O vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, afirmou a propósito que «esta exposição é uma oportunidade para suscitar o debate e a reflexão crítica por parte dos cidadãos e envolver diversos públicos, sobre uma das chagas dos nossos tempos, de todo condenável: a violência doméstica e os maus-tratos».

Uma realidade que «urge mudar e que é transversal à sociedade, atingindo pessoas de todos os géneros, de todas as raças, de todos os estratos sociais».

O autarca sublinhou ainda que «é um drama a que não podemos ser indiferentes». Perante a exposição “Aqui Morreu uma Mulher” é necessário «reafirmar “Tolerância zero” para casos de violência doméstica e de maus-tratos». A prevenção e a resposta aos casos de violência doméstica exigem uma colaboração estreita com a justiça, até porque se fala de um crime público, para agir contra os responsáveis e proteger adequadamente as vítimas.

A exposição é fruto de um projecto da Revista Visão, durante o ano de 2015, aquando do 15.º aniversário de que a violência doméstica passou a ser crime público, e em que decidiu fotografar locais dos crimes e contar as histórias das mulheres que viram as vidas ceifadas em contexto de violência doméstica.

Durante todo o ano de 2015, Teresa Campos e José Carlos Carvalho percorreram todo o país, pequenas aldeias e grandes cidades, zonas pobres e bairros privilegiados, e ouviram histórias de mulheres, jovens e seniores, em que a vítima mais velha tinha 84 anos e a mais nova apenas 23, retratando, assim, de forma autêntica as crónicas de 28 mulheres que morreram às mãos de maridos e companheiros.

A exposição está a percorrer todo o país e trata-se de uma iniciativa conjuntada Visão, do Gabinete do Ministro Adjunto e da Câmara Municipal de Lisboa. A iniciativa Roteiro Cidadania em Portugal, promovida pela ANIMAR, Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local em parceria com a Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, reproduziu agora esta exposição para desafiar as comunidades locais em todo o país a conhecerem esta realidade que é urgente mudar.

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